terça-feira, maio 15, 2007

Mundo da Lua.7 - Oscar Matella

Olha não sou casas bahia mas olha eu aqui outra vez, com a minha Luneta mágica diretamente do mundo da Lua, nunca fui religioso mas estou curtindo uma briza santa, à santa briza.

Sim, o Papa foi embora depois de muito auê, e não foi por menos depois de ficar com uma invejinha do Sr. Bush a santidade também veio fazer sua “zona” aqui em sampa, e como eu disse se a Disney de olho no mercado brasileiro criou o Zá carioca, qual a dificuldade de criar o Galvão? Acho q depois disso o Galvão vai até mudar sua pronuncia trocando o “amigos da rede globo” por “fiéis da rede globo”, quem sabe assim ele não fique mais simpático. Graças ao papa! Que Papuóh! Tanto faz papa ou papo é uoh mesmo!

Ser homofóbico medonho, perdoem os idolatras mas não é só em Roma que esse tipo de ser se apresenta, acaba de ser destruído um teatro na cidade de Kano na Nigéria, onde supostamente um grupo de quatro mulheres se casariam, verdade ou mentira tanto faz eu choro mesmo pelo monumento cultural que entrou pelo cano, se já não bastasse a guerra a hipocrisia também destrói a cultura.

Por falar em cultura na virada cultural teve pancadaria e o Mc deve criar mais um rap agora com o tema “PM pancada solta pancada”. A mídia pode elevar e também destruir um evento e não é que ela esqueceu de dizer que mais de 10 mil pessoas se divertiram na virada cultural sem nenhum tipo de transtorno, e um único fato isolado se tornou característica base para o rótulo!

Falando em Rótulo é Paulo Coelho que e agora traz as telinhas uma novelinha cheia de magia, bruxas, magos e contos de fadas... Se vai garantir ibope ao cenário da globo tanto quantos seus livros não sei, mas que vai criar uma nova legião de Wiccas isso com toda certeza ... ai mais uma preocupação ao Bento! E na minha campanha “rir é o melhor remédio” segue pois assim economiza as bênçãos do papa, aliás estou tão farto desse assunto que vou ver a Bispa ou o Sr. Edir

Bom agora eu vou ficando por aqui, para não pegar minha dengue, resolvi ficar no mundinho da Lua, afinal ele só voa até 3 metros de altura, por isso o palco do papa ficava a 5 ele não queria correr o risco e hoje nem eu.

quarta-feira, maio 02, 2007

Poemeu - A superstição é imortal - Millôr Fernandes

Quando eu era bem menino
Tinha fadas no jardim
No porão um monstro albino
E uma bruxa bem ruim.

Cada lâmpada tinha um gênio
Que virava ano em milênio
E, coisa bem mais perversa,
Sapo em rei e vice-versa.

Tinha Ciclope, Centauro,
Autósito, Hidra e megera,
Fênix, Grifo, Minotauro,
Magia, pasmo e quimera.

Mas aí surgiram no horizonte
Além de Custer e seus confederados
A tecnologia mastodonte
Com tecnologistas bem safados
Esses homens da ciência me provaram
Que duendes, bruxas e omacéfalos
Eram produtos imbecis de meu encéfalo.
Nunca existiram e nunca existirão:
uma decepção!

Mas continuo inocente, acho.
Ou burro, bobo, ou borracho.
Pois toda noite eu vejo todo dia
Tudo que é estranho, raro, ou anomalia:
Padres sibilas
Hidras estruturalistas
Ministros gorilas
Avis raras feministas
Políticos de duas cabeças
Unicórnios marxistas
Antropólogas travessas
Mactocerontes psicanalistas
Cisnes pretos arquitetos
Economistas sereias
Democratas por decreto
E beldades feias
Que invadem a minha caverna
E me matam de aflição
Saindo da lanterna
Da televisão.