sexta-feira, junho 29, 2007

Madrugada

O silêncio da noite cai, deitado na cama meus pensamentos soltos, desconexos, imaginação aflorada, pela cabeça passa a familia, carro, trabalho, amigos, namoro, contas, faculdade, etc. Um barulho quee vai mexendo com algo dentro de mim, uma vontade de cair no sono como uma fuga da realidade, sonho, algo tão real que até cheiro tem e acordo com as costas molhadas e as pernas suadas.

Saudade, sua ausência cai sobre mim e me lembro a todo instante o que nego, tento mentir para mim e para todos ao meu redor, a dor que vai me consumindo. Falsos sorrisos, amizades descontentes e segue o pulso, as batidas do coração tremem e nada muda.
Esta será mais uma dessas madrugadas como outra qualquer, em que minha cabeça vai longe e o corpo pede calma. Calma na alma, não consigo parar um, dois, três minutos e lá vou eu novamente me dar, me render e hoje já me habituei a ser assim.

Mas me revolto por ser assim, sofredor em doses homeopáticas, cai hoje um pouco, amanhã outro e será assim até digerir essa história, essa sopa de pedras. Não quero a piedade e o consolo de ninguém, quero cair na cama e dormir uma única noite, na paz de ter deixado, não um corpo mas um espirito.

Deixar esse espirito de porco que me acompanha, que me faz desejar sua saliva e não esquecer das tuas lagrimas. Essas que ainda me pergunto se foram sinceras...

sábado, junho 23, 2007

Fingido por fingido

As vezes lembro do que já vivi com aquela pessoinha, lembro que fomos buscar minha encomenda, meu cd da "Edith Piaf" e depois ouvi você dizer "você não vai por para ouvir", passou uma, duas, três musicas e sua carinha de "você ouve isso?", lembro daquele outro cd que ainda toca e muito no meu aparelho, aquele que entre um paseio e outro por um shopping da paulista eu comprei, o da "Nina Simone", claro o nome "Nina" ao som "blues" você nunca ligou uma coisa na outra.

Lembro da noite em que você dormiu enquanto eu via aos filmes do "Odisséia", eu não consigo dormim durante um bom filme europeu ou em qualquer sessão de cinema, mas você ali tão doce, dormindo em meus braços... e eu me achando o cara mais feli8z do mundo, mas não tão quanto aquela outra vez que você tomou um porre de caipirinha de morango, isso enquanto eu tomava absinto, lembro que você ficou três horas sem acordar e naquele dia não tinha filme para me distrair ou tirar minha atenção, lembro de ter passado as três horas mais felizes da minha vida [amar é sempre um exagero neh!], eu ali decorando seu rosto, seus detalhes e cicatrizes.
Mas passou... Ainda me pergunto o que isso me ensinou? Essa semana recebi mais um email desses me que a bobagem é os minutos de desconração, nele dizia que eu posso pasar anos sem falar com uma pessoa só porque me maguou, talvez seja verdade, outro dia você comentou em seu espaço "que não importa o quão boa seja uma pessoa uma hora ela vai te ferir e é preciso saber peroar" ou foi algo semelhante, não lembro direito.

Mas perdoar é dar a cara a tapa novamente, é fingir que nada aconteceu e manter o social ... meu MUITO OBRIGADO, vou continuar a sentir essa falta do seu cheiro, da sua voz, das suas fungadas no inverno, seus assos dez prás duas e até das nossas baladinhas toscas, na qual eu me divertia horrores vendo como seus amigos podem ser tão timidos e as vezes reprimidos somente para pedir um telefone ou um beijo.

Vou sim manter-me calado e fingir que a saudade não bate e no fundo eu não quero ser incomodado com uma mensagem sua, um email, uma ligação e um pedido de desculpas. Vou sim passar anos sem falar com você e fingir que você não faz a menor falta.

Vou sim fingir que não resta mais nada de você em mim e que já aprendi a lição, mesmo sem saber qual e o que aprendi com aquela pessoa. Vou fingir... afinal... figido por fingido somos dois!
Até quando!?

sexta-feira, junho 22, 2007

O estranho

Hoje acordei meio estranho, olho ao redor vejo uma cama desarrumada, roupaspelo quarto, meu pc parecendo uma carroça e meu aquário limpo à poucos dias.
Aquilo tudo me cansa, eu penso em querer outra vida, outra casa, outra família e outros amores. Prometo amanhã vou acordar para o mundo e aí sim vou mudar o mundo.

No dia seguinte eu esqueço tudo que prometi, beijo minha mãe antes de ir para a faculdade, ligo para o "lov." depois tudo continua na mesma... Volúvel? Eu diria transitório, de um lado ao outro como quem troca de camiseta. Ora tudo me deixa extremamente feliz ora tudo me irrita e desanima. Mesmo se estou rindo fazendo piadas de algo ou alguém. Pode ser que eu não esteja nos meus melhores dias, porque aquela mesma piada me faz acreditar no quanto eu sou patético. Se uma hora eu luto pelo que eu quero outra eu choro porque não me deram e se me derem já deixo de querer porque foi fácil demais. Se uma hora eu estou com o cabelobagunçado e com sono, posso receber uma única ligaçãoque me faz tomar um banho, me trocar e fazer a barba em menos de 15 minutos.

Se hoje eu odeio o "Zezé de Camargo e Luciano" amanhã posso gostar daquela musica, só porque me faz lembrar de uma pessoinha especial que ouviu comigo no carro num momento especial no rádio. Eu tenho lá minhas neuras, uma hora me sentindo mais um magrelo sem bunda e feio, mas aquela olhada que me deixou desoncertado na hora, teve um efeito colateral no meu ego, me fazerndo me sentir mais um modelinho, bombadinho, digno do Fashion Rio.

Uma coisa é certa, eu nunca vou me entender, posso até me aceitar como esse ser estranho, respeitar esse cara vaidoso e essas minhas váriações. Mas isso é uma coisa que só eu tenho direito... quanto você... você tem que me entender...

Entende?