terça-feira, março 25, 2008

Ganhei meu dia!

A humanidade tem salvação! Pois é descobri isso hoje. A humanidade definitivamente tem salvação, sim. E ganhei minha terça com cara de bobo, mas valeu a pena! E você se pergunta do porque um texto tão otimista depois de tantos outros cheios de decepções com uma sociedade hipócrita e um seleto grupo de pessoas. Bom... vamos lá:

Tudo começa com um papo informal no MSN e apareceu: “preciso namorar”, “preciso fazer sexo” e frases típicas, logo eu, que não tenho um contato muito próximo com o “amigo” (sim entre aspas porque Amigo deve ser intimo, não?) logo penso “É mais um na hora do desespero que precisa de carinho”, até ai nada de errado, mas o problema era ser o “amigo de ex!”

Isso pra mim sempre é um problema, acho que a grande parte dos meus amigos, sabem que eu não suporto essa troca-troca e entre tantas outras vezes ocorridas anteriormente, tantas vezes que deletei amigos de ex, pelo fato de ser “olhado” com segundas intenções, eu que já estava calejado. Pensei em dar corda para se enforcar. Já estava imaginando a troca de elogios e por fim um convite para algo “inapropriado” com um bloqueio ao fim da conversa.

Sim porque eu não suporto trocar figurinhas, embora, se eu fosse trocar, não haveria problema algum afinal meu ex é adepto ao “figurinha repetida não completa álbum, mas vale a pena trocar com os amigos” como ele mesmo disse... Eu não. Eu sou egoísta e sou ruim também ... que vá ser feliz com outra pessoa, que não seja do meu meio e de preferência mais bonito que eu, afinal quando se é “trocado” por alguém mais feio a pessoa é digna de pena e não de respeito.

Odeio imaginar a cena de um dia, no futuro, esses dois amigos se falando “nossa ele fazia isso com você na cama?”, “Comigo nunca fez”, “Ele te beijava assim”, “Ele fazia assim ou assado” e coisas mais intimas que ao meu ver, é desnecessário entre mil assuntos para ser discutido, definitivamente entrar em pauta como “uma coisa em comum” no portfólio de ambos, seria a ultima coisa que eu gostaria.

Enfim, entre brincadeiras e mais corda para um lado e para outro.... para se enforcar estava por pouco quando de repente quem sente o puxão sou eu “não podemos fazer sexo porque você era da colega”. Ui! Logo eu que estava pronto esperando o momento de terminar a conversa marcando uma ficada sem comparecer e nunca mais aparecer na vida da pessoa, me decepcionei, sim! Com uma cara de bobo meio surpreso...

Ainda existe respeito e cumplicidade entre amigos, sim, realmente era alguém que estava falando simplesmente de si e sobre necessidades básicas do ser humano (sim é básico porque chega a ser fisiológico) Eu definitivamente percebi que nem todo mundo que se aproxima é com uma segunda intenção e eu não sou a ultima bolacha do pacote, mas esse é, não pela beleza (sim ele é lindo também) mas pelo caráter demonstrado e ao que até então eu estava desacreditado na fidelidade ao amigo... esse é digno de se chamar de Amigo (e dessa vez sem aspas) porque cresceu e muito no meu conceito. Como amigo, como pessoa, me fez ganhar o dia e botar um pouco de fé nesse mundinho cão. Me deu até vontade de sair gritando ao mundo “AMIZADE EXISTE, RESPEITO EXISTE, SEJAM FELIZES, AINDA SE PODE ACREDITAR NA HUMANIDADE”

quarta-feira, março 12, 2008

No primário da Vida

Semana passada eu fui ver “Juno”, o filminho água e sal, para os que têm vontade de ser pai, pelo amor de Deus não vão ver. São deliciosas e doces a cenas e por incrível que pareça não chega à ser “a vida como ela é” mas tem uma realidade fora do comum

Um dos diálogos mais interessantes embora seja com o coadjuvante do papai dela é um dos mais formidáveis não lembro ao certo, (sim eu só guardo frases curtas ou anoto quando vejo em casa) mas era, quando questionado sobre casamento, algo semelhante com: se você tem alguém quê para ele você seja perfeita e te aceita exatamente com seus defeitos, se ele esta com você para qualquer coisa, simplesmente ela é feita para você. Que importa se os outros não vejam como você vê.

Estou cansado de alguns amigos meus me procurar para falar sobre relacionamentos, porra ninguém mais deles estão na idade de ficar em duvidas, como adolescentes mimados que começam a faculdade e pará, porque tem duvidas sobre o curso e pulam fora depois de iniciados. Ninguém mais tem idade para ficar nessa de “amo mais não sei se quero”

Aquela outra esta apaixonada pelo baterista de uma banda. O outro esta namorando, mas esta galinhando com a colega de trabalho. O outro embora seja fiel esta a cada 5 minutos pensando se deve ou não trair. A outra deu o final de semana inteiro para o cara que nunca lhe prometeu nada, mas já esta sonhando com a casinha branca. O outro me diz que gosta mais dos cachorros que seres humanos, é tão simples entender, ele abriu-mão do seu cachorro (se ele faz isso com o cachorro que ele gosta, imagina com humano), simples assim deixando-o na espera. A outra se envolve com alguém que comenta toda semana sua maravilhosa maratona entre a natação e a academia, mas comenta com pezar e deve ser mesmo um fardo para melhorar o corpo, porque a cara? Só por Deus, mas ela juuuuuuura que esta feliz!

O outro diz que não tem “nada” mas já esta chamando de “amor”... A outra esta usando outros para esquecer o ex-namorado, pulando de namorinhos e ficadas soltas de galho em galho a cada dois meses, só para saciar a carência e a saudade do infeliz. O outro exige um pedido de desculpas como quem realmente não pode esperar o “tempo” para a ficha alheia cair.... E nisso tudo a vida segue, loucamente, ironicamente e ridiculamente e infelizmente chorosamente (embora a “mente” mesmo, ninguém à use)

Onde esta a honestidade? Onde esta atitude? Onde estão aquelas pessoas de pulso que diz “é isso que eu quero, vou atrás”? Onde estão as responsabilidades dos atos nos sentimentos? Onde estão aqueles que acreditam nas revoluções? Os que pintavam a cara pela fé de dias melhores? Onde esta a força de vontade humana?

Todos ficam na espera de uma solução para seus problemas, eu definitivamente não tenho cara de analista (muito menos fiz curso), nem filhos dessa idade para dizer “queridinho, qualquer curso que você escolher, vão apresentar dificuldades, você vai precisar superá-las, se você desistir vai desistir de tudo e de todos na vida” ou seja ... Quando nascemos temos a matricula feita na escola da vida, não podemos desistir e começar uma próxima vida. Porém algumas pessoas gostam do primário, da infantilidade e da falta de maturidade, gostam de viver somente o inicio das coisas... Cansou ah vamos ao próximo inicio!

sexta-feira, março 07, 2008

Walt Disney World

Eu olho para essa tela em branco e tenho até medo do vomito que pode sair, da revolta e dos gritos de quem grita de saudade, paixão, contradição e dor. Mas meu medo maior é deixar a página em branco (sim eu digito os textos antes no Word). Ainda não sei porque, mas tenho a difícil vontade de escrever sobre a minha vida, no entanto hoje minha vontade é zero.

Porque minha vida esta assim uma página em branco e preguiçosa. Eu estou tão cansado de mim, que até para tentar demonstrar algum conteúdo me dá medo. Eu estou tão casado do vazio das minhas noites, das bocas miúdas que me chamam ou usam para ter um pouco de afeto. Estou cansado da nostalgia de ser um menino desses com sonhos infantis.

Desses que acreditam em contos de fadas que acreditam em filmes como “A Dama e o Vagabundo” chora, parte para “Cinderela” ou “Branca de Neve”, a vida deveria ser mais justa ou não deveriam criar filhos com esses pensamentos de "finais felizes", onde se tem a hipocrisia de personagens ridículos como “vilão”, “mocinha” e príncipe” tudo bem definido e bem delimitado cada qual com seu personagem, sem ambiguidade de rótulos.

Cinderela não se sujou no baile beijando outros caras gostosos, Branca de Neve dormiu esperando ser salva, a Dama só teve um pouco de emoção em sua vidinha medíocre depois de conhecer o Vagabundo... eu estou tão longe do Puritanismo de “Cinderela”. Tão longe de ser passional, por essa espera cretina de “Branca de Neve” que nem ao menos espero o Vagabundo para me ensinar nada, o mundo esta aí grande e vasto para ser descoberto, e eu já estou na chuva. Me molhando!

Também não sou o imbecil que vai beijar sua princesa sem nem ao menos conhecê-la, sem ao menos ter lutado por ela e não ver retorno algum porque ela é burra, comeu a maçã e esta dormindo, também não consigo ser o Vagabundo que vai ensinar a sua doce cadelinha ter prazer na simplicidade da vida humilde, suja e nada convencional. Eu não consigo ser tão bonzinho, a ponto de querer lutar e só ver no final... e se a Cinderela for feia? Branca de neve for boa de cama só mesmo para dormir? Se a Dama só souber chupar macarrão? Não... mamãe já me ensinou nunca pagar sem ver a mercadoria.

Por isso eu atropelo tudo, eu corro contra o tempo, avanço o sinal e acabo me juntando aos prostitutos dos vilões mal amados. Estou cansado de acreditar, com a fé de um menino, que exista alguém que não some, alguém nesse prostíbulo que vale a pena e que apesar das minhas declarações de revoltas e entregas minúsculas para aliviar uma dor, uma saudade de não sei por quem, porque esse “quem” nunca chega e na verdade nunca são entregas porque eu acabo na espera desse “quem” e me embriago mais, tentando me sujar mais, demonstrando ao mundo a minha “Fera”.

Como um monstro eu posso trepar no primeiro encontro, eu posso phoder só por phoder, por não ter nada mais interessante à fazer. Eu posso te encontrar num motel barato e ser uma rapidinha. Eu posso gozar no banco do carro. Eu posso acreditar em suas duvidas. Eu posso perdoar nossos pecados mais sujos. Eu posso ser uma noite ou um banheirão e nada mais.

Pior que tudo isso seria deixar minha pagina em branco, seria deixar de romantizar a vida, eu nunca, em nenhum momento, cada segundo, por mais podre que seja, dela eu nunca deixo de ter esperanças, de ser encontrado e perdoado pela “Bela” que além de minha aparência escrota e atitudes erradas, consegue ver alguma beleza em mim. Eu sou feio, sujo e baixo e mesmo cansado de mim, eu nunca deixo de acreditar em contos de fadas, nunca deixo de acreditar em finais felizes, nunca deixo de ter os sonhos de um menino.