quinta-feira, setembro 08, 2005

Maldita Hora

Maldita hora que respondi sua mensagem.
Maldita hora em que li “posso ser seu anjo novamente?”
Maldita hora...

Quando deixei você, com seu exagero e sua indiferença à minha presença;
Sem esforço algum e sem ao menos precisar de mim;
Dominar a minha mente.

Não ... não posso dizer que te esqueci;
Quando ainda te vejo em tudo;
Até quando me olho no espelho;
E não vejo em neles o brilho que você retirou.

Paro olhando nesses somente o reflexo;
De tudo aquilo que você deixou no meu coração;
O grande vazio e a saudade...

Saudade da tua voz;
Teu perfume, boca;
Até de seu riso exagerado
Que antes me irritava

Como um óculo riscado
Tatuando tudo que vejo, o seu nome
Lembrando-me o tempo todo de sua presença

O “Bonito porém cansa” em que um dia ri;
Hoje concordo plenamente, mas ainda assim;
Teria forças para me cansar todos os dias;
Perdoando seus erros e aceitando seus exageros.

Para matar essa saudade, ter minhas pernas e olhos;
E tudo o q você levou, extraindo de mim;
Como quem leva nada além...

Além de algumas horas de boa companhia;
Além de sexo, Além de um desejo;
Ah! um substituto, um remédio paliativo;
Para matar a saudade de outro...

Usado? Agora... Agora é tarde;
A maldita hora já anoiteceu;
Já tatuou e amputou pernas e olhos.

Deixaram no coração o vazio e a saudade;
Na memória os sonhos padecidos;
E na boca o desejo de te esquecer;
Na mente a esperança de dias melhores.

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