sexta-feira, junho 29, 2007

Madrugada

O silêncio da noite cai, deitado na cama meus pensamentos soltos, desconexos, imaginação aflorada, pela cabeça passa a familia, carro, trabalho, amigos, namoro, contas, faculdade, etc. Um barulho quee vai mexendo com algo dentro de mim, uma vontade de cair no sono como uma fuga da realidade, sonho, algo tão real que até cheiro tem e acordo com as costas molhadas e as pernas suadas.

Saudade, sua ausência cai sobre mim e me lembro a todo instante o que nego, tento mentir para mim e para todos ao meu redor, a dor que vai me consumindo. Falsos sorrisos, amizades descontentes e segue o pulso, as batidas do coração tremem e nada muda.
Esta será mais uma dessas madrugadas como outra qualquer, em que minha cabeça vai longe e o corpo pede calma. Calma na alma, não consigo parar um, dois, três minutos e lá vou eu novamente me dar, me render e hoje já me habituei a ser assim.

Mas me revolto por ser assim, sofredor em doses homeopáticas, cai hoje um pouco, amanhã outro e será assim até digerir essa história, essa sopa de pedras. Não quero a piedade e o consolo de ninguém, quero cair na cama e dormir uma única noite, na paz de ter deixado, não um corpo mas um espirito.

Deixar esse espirito de porco que me acompanha, que me faz desejar sua saliva e não esquecer das tuas lagrimas. Essas que ainda me pergunto se foram sinceras...

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