sábado, junho 23, 2007

Fingido por fingido

As vezes lembro do que já vivi com aquela pessoinha, lembro que fomos buscar minha encomenda, meu cd da "Edith Piaf" e depois ouvi você dizer "você não vai por para ouvir", passou uma, duas, três musicas e sua carinha de "você ouve isso?", lembro daquele outro cd que ainda toca e muito no meu aparelho, aquele que entre um paseio e outro por um shopping da paulista eu comprei, o da "Nina Simone", claro o nome "Nina" ao som "blues" você nunca ligou uma coisa na outra.

Lembro da noite em que você dormiu enquanto eu via aos filmes do "Odisséia", eu não consigo dormim durante um bom filme europeu ou em qualquer sessão de cinema, mas você ali tão doce, dormindo em meus braços... e eu me achando o cara mais feli8z do mundo, mas não tão quanto aquela outra vez que você tomou um porre de caipirinha de morango, isso enquanto eu tomava absinto, lembro que você ficou três horas sem acordar e naquele dia não tinha filme para me distrair ou tirar minha atenção, lembro de ter passado as três horas mais felizes da minha vida [amar é sempre um exagero neh!], eu ali decorando seu rosto, seus detalhes e cicatrizes.
Mas passou... Ainda me pergunto o que isso me ensinou? Essa semana recebi mais um email desses me que a bobagem é os minutos de desconração, nele dizia que eu posso pasar anos sem falar com uma pessoa só porque me maguou, talvez seja verdade, outro dia você comentou em seu espaço "que não importa o quão boa seja uma pessoa uma hora ela vai te ferir e é preciso saber peroar" ou foi algo semelhante, não lembro direito.

Mas perdoar é dar a cara a tapa novamente, é fingir que nada aconteceu e manter o social ... meu MUITO OBRIGADO, vou continuar a sentir essa falta do seu cheiro, da sua voz, das suas fungadas no inverno, seus assos dez prás duas e até das nossas baladinhas toscas, na qual eu me divertia horrores vendo como seus amigos podem ser tão timidos e as vezes reprimidos somente para pedir um telefone ou um beijo.

Vou sim manter-me calado e fingir que a saudade não bate e no fundo eu não quero ser incomodado com uma mensagem sua, um email, uma ligação e um pedido de desculpas. Vou sim passar anos sem falar com você e fingir que você não faz a menor falta.

Vou sim fingir que não resta mais nada de você em mim e que já aprendi a lição, mesmo sem saber qual e o que aprendi com aquela pessoa. Vou fingir... afinal... figido por fingido somos dois!
Até quando!?

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