sexta-feira, setembro 07, 2007

7 de setembro e o kiko?

Prometi a mim mesmo que dessa vez iria escrever algo bonitinho, nada triste, nada nostálgico, nada melancólico, nada revoltante com esse mundo de fantasias. Jurei que iria começar esse texto falando do intuito das minhas palavras, seriam de positivismo... então vou aproveitar que teve esse feriado de sete de setembro com um sol maravilhoso para mandar minhas saudações à esse povo.

Saudações então aos mendingos que estão pedindo dinheiro nos farois enquanto os motoristas se apressam para fecharem seus vidros, saudações ao Mensalão e suas faturas pagas com o dinheiro das contribuintes aposentadas, que esperam socorro e remédio para suas dores. Saudações ao Lula e seu "achismo" e aos seus "não sabia". Ops! Era algo positivo! Vou tentar novamente...

Sim o sete de setembro sempre lembra algo de bom. Não, não é a "patria" para essa poucos se importam, quem sabe cantar o hino nacional por inteiro, sem errar? Quase ninguém, o que se lembra mesmo, é que é feriado, um dia para relaxar porque temos tempo. E quem relaxa? Quem viaja? Então... Felicidades por mais esse dia que brilha e torra os miolos dos paulistanos que descem à praia para ver as barigudinhas das crinças jogando bola e atolando o cu de areia, das mães que estão tão cansadas do rotina que ainda sairam para pegar uma fila do caralho na padaria, porque sempre falta pão ou água?

Felicidades aos maridões que engordam com a cerveja beira-mar e depois vão roncar no sofá.

Perdemos tanto tempo comemorando com falso amor nacionalista, que me enche, afinal quando se fala em marcas de roupa, tennis ou outro produto qualquer, quais as marcas vem a sua cabeça? São nacionais? Não, nunca são... bandas e musicas nacionais tocam sempre de menos nas rádios, que existe até decreto para uma tal porcentagem nas rádios destinada a música nacional. Porque nem a ilusão de amor me faz feliz? Não sei, era para ser positiva a mensagem hoje, mas a verdade é que a única coisa que eu queria nesse feriado era um produto assim, sem complicações, ou com um decreto bem facinho, sem nacionalidade, sem falso amor a nada.

Quero sim um sete de setembro mais independente de mim e do meu mal humor, porque tudo me lembra que eu poderia estar ao lado dessa família que desceu para sofrer, beber, comprar pão e encher a lata de cerveja. Quero um sete de setembro como um carnaval ou até mesmo o ano novo. Porque na verdade eu estou cagando e andando para as datas, bom mesmo seria ter meu produto ao lado, brincando comigo e me dizendo que a realidade não dói, o Brasil vai melhorar, que as famílias são felizes e que seriam enternas nossas juras de amor. Talvez isso seja um falso amor também e logo não me faria bem.

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