Minha irmã namorou um cara, eles eram felizes, não sei se era o ciumes ou se era o recalque mas infelizmente eu olhava a relação dos dois e desacreditava, ela colocando gasolina no carro dele para sairem juntos, eu achava um absurdo, porque afinal de contas eu sempre pensei "se não tem dinheiro não namora" pois é, ele trabalhava quando eles se conheceram ... alguns anos mais tarde caiu meu escarro bem na minha testa, eu me vi começando um relacionamento do qual eu acreditava, porém eu havia perdido o meu emprego também, e aquele meu pensamento surgiu "se não tem dinheiro não namora".
Eu sugeri logo de início, "vamos parar", "dar um tempo", "quando eu voltar ativa voltamos" ...não sei, mas quando eu ouvi "eu trabalho 12 horas para gastar, para me divertir com quem eu amo" devo admitir que foi confortante, porém foi meio estranho... amor logo no começo, assim de cara, e frases desse estilo para me dar segurança, para que eu acreditasse que estava tudo bem... ou ao menos terminaria bem aquela minha má fase.
Definitivamente meses depois eu tive certeza ou eu era mais um putinho desses, assim como outro qualquer ou um completo idiota. Porque eu ouvi da sua boca (a mesma que disse aquilo tão romanticamente) um sonoro "eu não namoro um vagabundo"... não sei, aquilo me pareceu um grande facada em minhas costas, e nem sei porque eu senti toda a dor do mundo, se a hipocresia nem era minha, afinal, uma coisa dita assim, na lata tão alta e só para fazer doer mesmo, entre contradições eu digo que fui um idiota, idiota sim em acreditar naquilo tudo, e chorei a dor de ser um grande idiota que parecia mais um putinho, desses como outro qualquer, me arrependi em ter acreditado em falsas afirmações ou pelo menos acreditar que existisse alguém que não banalizasse a palavra amor.
O pior foi saber que o motivo maior da nossa separação era sua incapacidade de sustentar uma relação sem grana, ali estavamos nós sem dinheiro e como um putinho desses como outro qualquer, que não se podia bancar mais, levei mais um pé na bunda. Mas vamos em frente de volta ao calçadão pegue a senha para o proximo. Afinal eu era só mais um putinho assim como outro qualquer e dias depois, estaria sugando outra pessoa, não é mesmo!
Mais idiota foi quando eu ouvi uma declaração aos quatro cantos do mundo "com amigos em qualquer lugar", sim! Me senti mais uma vez um putinho assim como qualquer outro, afinal eu não era amigo... e sim mais um putinho desses, assim como aqualquer outro, que se leva para festas e para a cama... qualquer lugar só com amigos, porque com o putinho aqui, não podia ser uma peça de teatro, um cineminha sabado a tarde ou até mesmo um showzinho domingo á tarde, sempre com objeções e reclamações. Os programinhas eram "piegas", as "filas", a "lotação" e velhas desculpinhas amarelas... "com amigos em qualquer lugar" mas com o putinho aqui só festas e cama... Enfim... vamos lá, seguir em frente mais uma vez de volta ao calçadão e pegue a senha para o proximo cliente, afinal o importante é ter catiguria!
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